Hoje é dia 25 de dezembro. Dia de Natal. Para alguns, o dia mais esperado do ano e, para outros, um dia qualquer. Mas eu não pretendo aqui me atar à religião, história ou crítica social.
Gostaria apenas, nesta ocasião, de fazer alguns comentários breves sobre este dia e me utilizarei do filme "O Estranho Mundo de Jack", um tipo de conto atual de Natal e de horror, produzido pelo fantástico talento de Tim Burton.
Em primeiro lugar, destaco o retratado contraste de personagens que vivem no contexto do Halloween (o dia dedicado à temática da morte e terror) que acabam por se envolver com as criaturas do Natal (o dia dedicado à temática do nascimento e felicidade). A estranheza entre os contextos é tão exacerbada quanto a dependência de um para o outro, fazendo parte das inevitáveis dualidades a que chegamos quando pensamos em alguns assuntos...
E, ainda que muito se indague, é impossível explicar totalmente o milagre do nascimento ou mistério da finitude de uma vida. Vivemos colocando-nos neste intervalo entre um início e um fim: uma relação.
Trata-se de uma jornada igualmente inexplicável em busca daquilo que desejamos. Acho que o melhor nome para aquilo que promove, transpassa e demarca esta relação é o amor.
Assim, gostaria de dizer a vocês que neste Natal, tal como em outros dias em que se almeja a felicidade, tanto quanto para aqueles dias em que perduram as tristezas, não se esqueçam disto: há sempre um outro lado possível e imprevisível, e há, acima de tudo, o amor. Amem; ou hoje, para aqueles que assim preferirem nomear, feliz Natal.
3 comentários:
É inexplicavel, mas faz sentido. Tiro por mim mesma: amor e medo sempre estão juntos. O amor na sua forma simples, permite se entregar a alguém ou algo, te completa de certa forma. E o medo do novo, medo de acabar, medo de machucar. É estranho. *Falando de mim*
Podemos dizer que o Natal é macabro, afinal celebramos o “nascimento” de Jesus com milhares de mortes (perus, porcos etc.). Mas também, podemos dizer que a morte é a vida são irmãs. Pois é preciso que algo morra para vivermos (os alimentos: seja o peru da ceia de natal ou a uva do vinho).
To surpreso. E Tim Burton é mesmo muito bom.
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